E em apenas duas semanas Lony se acostumou. Ele se encantou,
não sei se pelo o sorriso, ou a beleza que Helena sempre negava, talvez fosse
seu complexo de inferioridade que chamou a atenção dele. E num terceiro dia,
ele não parou para conversar, apenas ficou a observando do seu canto, a noite
inteira, até ela ir embora. Mas desde então todos os dias ele estava lá, à sua
espera, mas ela passou uma semana sem ir, mas isso não o impedia de todos os
dias espera-la, até que um dia ela apareceu, e ele sorriu.
- O que faz aqui? – perguntou Helena
- Estava a sua espera. – respondeu Lony.
- E porque estava a minha espera?
- Porque gostei da sua companhia, de conversar contigo. –
respondeu Lony sorrindo.
-Nossa. Tudo bem. – disse Helena meio sem acreditar.
- É interessante a
sua baixa estima.
- Hum. Também acho. – concordou Helena.
- Então como foi o seu dia?
- Você quer mesmo saber como foi meu dia? – indagou Helena
- Sim, eu quero.
- Bem, foi uma merda, fiz uma péssima prova, tive pesadelos ruins,
e em casa foi à chatice de sempre.
- Interessante. E foi prova de que? E como são esses
pesadelos? – perguntou Lony.
- A prova foi de história,
e meus pesadelos me assustam muito, são sempre em lugares escuros, com pessoas
feias, não sei bem explicar.
- Interessante.
- Porque tudo é sempre interessante para você? – perguntou Helena.
- Porque a vida humana é algo interessante.
- Eu não acho, mas tudo bem.
- E só para finalizar as perguntas. Porque em casa é a
chatice de sempre? – perguntou Lony.
- Há. Ninguém nessa casa me entende, não gostam de mim,
sempre reclamam de algo que eu faço aliás, de tudo.
- Entendo. Porque acha que ninguém gosta de você? –
perguntou Lony mais uma vez.
- Não acho, eu tenho certeza. – respondeu Helena. – Você pergunta
demais sabia?
- Eu sei. Irei para de perguntar. – respondeu Lony. – Por hoje.
- Que bom preciso dormir. – despediu-se Helena. - Boa noite.
- Boa noite moça interessante. – despediu-se Lony. – E tenha
bons sonhos hoje.
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