“Como a bela adormecida quanto tempo se perdeu sei que o
medo ainda existe mais não pode te vencer, responda onde e que de forma tudo
começou e qual a hora de acabar, não se prenda nos seus próprios sonhos, mas
não deixe de sonhar.”
- Essa música é um
tanto solitária. – disse Lony.
- É. Por isso gosto dela. – respondeu Helena.
- Por quê? Você é solitária como a música? – perguntou Lony.
- Me considero. – respondeu Helena. – Pergunta. Você virá
todos os dias aqui?
- Sempre que eu poder. – respondeu Lony. – Por quê? Não posso?
- Pode sim. – respondeu Helena.
- Hum. Agora eu te pergunto. Porque todo dia você está aqui?
- Porque pelo menos em algum momento do dia tenho que me
sentir bem.
- Como assim?
- Digamos que minha vida não é muito boa. – respondeu Helena
com uma sinceridade no olhar. – Vivo porque já me conformei que o universo me
quer aqui. Aqui é o único lugar onde me sinto bem, é calmo, tem uma boa vista,
eu posso conversar a sós comigo, e com você agora.
- Há. Interessante. Realmente aqui se tem uma bela vista.
- Sim.
- Mas me conte Helena. Como foi o seu dia? – perguntou Lony.
- Foi normal. – respondeu Helena. – E o seu?
- O meu dia foi lindo. – respondeu Lony com um sorriso no
rosto.
- O que teve de tão lindo? – perguntou Helena.
- Hoje andei por lugares lindos. Vi cachoeiras, montanhas, vivi
junto com a natureza por um momento.
- Que legal. – disse Helena. – Sabe, tenho muita vontade de conhecer
o mundo, viajar para bem longe, só eu e a vida, sem mais ninguém.
- Que legal. É interessante.
- Queria poder começar isso agora, mas espero até eu poder
sair de casa, e viver minha vida.
- Você não vive sua vida? – perguntou Lony.
- Não. Vivo a dos meus pais. – respondeu Helena.
- Hum. Outro dia conversamos mais sobre isso, tudo bem?
Preciso ir agora. Boa noite garota. – despediu-se Lony.
- Tudo bem. – concordou Helena. – Boa noite para você
também.
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